quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

À Voar

À Voar, À Voar, À Voar

de Joyce
Pense uma coisa bem boa
Que num instante você voa
Lembre o Natal a chegar
Pense em nuvens a passar
E logo, pelo ar,
Vai voar, vai voar...
Pense uma coisa bem linda
Se você não voa ainda
Quando a lua despontar
Siga um raio de luar
E quando ela piscar...
Vai voar, vai voar
Vai voar, vai voar
Vai voar, vai voar
Vai voar
À voar, à voar
À voar, à voar
À voar, à voar
À voar
Muito você vai gostar
Quando se sentir levar
Lindos castelos no ar,
Estrelinhas a brilhar...
Você vai encontrar!
Ao voar, ao voar
Ao voar, ao voar
Ao voar, ao voar
Ao voar, ao voar
Ao voar
Pense uma coisa bem boa... 
Pensaram numa coisa bem boa? 
Pois é, pensei numa coisa bem boa, que vai me acontecer amanhã. Ah! Pelo menos isto eu posso prever.
Eu vou voar, amanhã!  
Pode parecer que tudo foi combinado, mas não foi. Nossas passagens estão compradas há mais de um mês, isto é, bem antes do nascimento dos sabiás. 
 Que pura coincidência! 
 O Até Voar fica por aqui, o blog, em sua curta existência, foi leve, breve, que me leve. E chega ao seu fim, numa sincronicidade interessante. 

A voar, a voar, a voar... diria Peter Pan. 

E vou voltar para o meu lugar. 
Vou voltar pra minha terra onde os sabiás cantam com um xiado peculiar. 
Foi lá e ainda lá, que hei de ouvir cantar uma sabiá... assobiando o Samba do avião, de Tom Jobim. 





Farewell

 Vou lhe contar uma história e acho que ninguém vai acreditar. Mesmo assim, vou insistir porque algumas coisas simplesmente acontecem.  Pela manhã, na janela lateral, do quarto de dormir... ouvi um pio, um tanto familiar. Pensei logo nos sabiás, jamais imaginaria que poderia ser um deles. Pensamentos vão e vêm em questão de instantes. Passado um tempo, saí de casa, seguindo meu ritual, dei uma passadinha e espiei o ninho. Cadê? Me perguntei. Olhei ao redor, nenhum sinal deles. O trio maravilha bateu asas e voou!



Fiquei feliz porque eles conseguiram essa proeza juntos. 
Voltei ao entardecer pra casa. Enquanto arrumava a  mala no meu quarto, ouvi um pio e fui olhar. Desta vez, desconfiei. Olhei aquele passarinho marrom, atrás de umas folhas, pousado no galho da goiabeira. Pensei, só pode ser! Corri, peguei a câmera, saquei o zoom e confirmei pelas lentes que era o/a sabiá. Vibrei, meus amigos! Que alegria! Eles estão por perto!
Seguem algumas fotos: 






A Qualquer Tempo

“A qualquer tempo cantar
A toda hora nascer
Todo tempo é tempo
Pra gente se ver...”

Décimo  dia: 
Décimo segundo dia:




Décimo terceiro dia:


No décimo quarto dia, a qualquer tempo eles poderiam voar. Notei que  a Mamãe-sabiá não  estava por perto e o ninho  estava pequeno demais para os três. Estas foram as últimas  fotos  que fiz do trio maravilha. 
No dia seguinte, eles voaram.






quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

La vie en close

No quinto dia:


No sexto dia:


No sétimo dia, o passarinho com mais plumas abriu os olhos.


No oitavo dia:plumas, mais plumas!




Nono dia: os sabiás piam forte. 





la vie en close 
 c'est une autre chose 
 c'est lui 
 c'est moi 
 c'est ça 
 c'est la vie des choses 
 qui n'ont pas 
 un autre choix
[Paulo Leminski]





E lá se vai mais um dia


Vejam a Sabiá alimentando seus filhotes no quinto dia!


     Esta vida é uma viagem...



 esta vida é uma viagem
 pena eu estar
 só de passagem
[Paulo Leminski]

Quarto dia: surgiram penas nas asas. 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A cerca da Liberdade

Algumas considerações acerca da Liberdade após esta foto.

                        Alguma poesia de Drummond para refletir:

     O pássaro é livre na prisão do ar.
O espírito é livre na prisão do corpo.
                        Mas livre, bem livre,
                        é mesmo estar morto.